Como parte das comemorações do aniversário de 316 anos de Curitiba, o antigo Paço Municipal foi totalmente restaurado em parceria com o Sesc Paraná, e transformado em espaço cultural do município.
A diretora da unidade Paço da Liberdade, Celise Helena Niero, explica que o espaço foi pensado para ser um centro multifuncional. Serão ocupados os quatro andares do prédio e cada um terá um conceito diferente. Interação é o conceito do andar térreo, onde haverá salas de acesso livre à internet, biblioteca e o Café do Paço. Já, o segundo pavimento, leva o título de construção, com salas de aula, sala de cinema e um laboratório de arte eletrônica. O terceiro andar vai abrigar conferências e apresentações artísticas. Este piso conta, ainda, com um estúdio para gravação de bandas independentes. No último andar, uma sala de exposições.
Mais de 150 pessoas entre arquitetos, sociólogos, antropólogos, educadores, artistas plásticos, comunicadores e designers, além de 50 artesãos, trabalharam na restauração e preparo do prédio para abrigar o centro cultural. A obra custou em torno de R$ 5 milhões.
Nos primeiros 45 dias de funcionamento, o público poderá visitar as três primeiras exposições da unidade: uma mostra fotográfica sobre a restauração a cargo do Lumen Design, esculturas do artista plástico Luiz Gagliastri e pinturas do curitibano Fernando Velloso.
O Paço Municipal começou a ser construído em 1914 e foi concluído em 1916 pelo prefeito Cândido de Abreu. Oficialmente chamado de Paço da Liberdade a partir de 3 de fevereiro de 1948, sediou a prefeitura de Curitiba até 1969, quando houve a transferência para o Centro Cívico. O prédio de arquitetura eclética, com elementos art nouveau, foi recuperado mantendo a fachada externa intacta e ganhando iluminação especial. As pinturas dos artistas João Ghelfi, João Ortali e Anacleto Gaubaccio foram restauradas.