Publicado na edição impressa de 04/03/2007.
A linha de produtos de beleza Nativa Spa, da paranaense O Boticário, chegou às lojas da rede depois de cerca de dois anos de pesquisas de design. Trabalho árduo que resultou também na reformulação dos pontos-de-venda e que agora ganha reconhecimento internacional.
O Boticário e a agência criadora da proposta, a também paranaense Studio Lumen Design, receberam o selo internacional iF Design – uma forma de premiação, que agora passa a figurar nas embalagens dos produtos, e um passaporte para concorrer ao Troféu Gold. Disputam o prêmio projetos feitos para empresas de diversos segmentos e de várias partes do mundo. A solenidade de entrega ocorre em 15 de março, na cidade de Hannover, na Alemanha.
A linha Nativa Spa, formada por cerca de 40 produtos, recebeu investimentos de R$ 5 milhões.
Quando lançou a novidade, o Boticário descontinuou seis outras linhas que continham marcas diferentes, de forma a unificar os produtos em torno de uma marca forte, com design bonito.
Segundo a empresa, os lançamentos trouxeram crescimento no volume de vendas de 43% em relação ao resultado apresentado pelas linhas desativadas. Só nos xampus e sabonetes, o crescimento foi de 78% – uma forte contribuição para o crescimento de 13% no faturamento do grupo em 2006.
“Outro avanço é o ambiental, pois todas as embalagens são recicláveis e apenas os sabonetes vêm em cartucho.”, conta a gerente de produto de O Boticário, Patrícia Scholz.
De acordo com a empresa, as texturas, cores e fragrâncias da linha estimulam os cinco sentidos por meio de reações bioquímicas que proporcionam sensações agradáveis de bem-estar. A palavra “spa” no segmento de cosméticos significa “saúde pela água”, motivo pelo qual as embalagens foram inspiradas em seu movimento: todas as tampas têm espirais que sugerem o redemoinho formado pela água quando agitada.
O trio responsável pelas embalagens selecionadas é formado pelo casal de empresários Karine Kawamura e Sílvio Silva Júnior e pelo designer Guido Dezordi. “O projeto mudou a cara do ponto-de-venda, trazendo interatividade”, conta Karine, também designer. Segundo ela, as roupagens das linhas de xampus, condicionadores e hidratantes estavam desatualizadas e “não conversavam” entre si. “Agora estão mais vendáveis”, aposta a empresária.